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Publicação no ano de 2000 - Jornal ESCO News

Energia solar aquece águas do Minas Tênis Clube ll

Por Adalberto Carvalho de Rezende

A direção do Minas Tênis Clube sempre zelou pelo melhor uso dos recursos técnicos e materiais da sua infraestrutura. Assim, busca atender às expectativas dos sócios, ao mesmo tempo em que pesquisa oportunidades de redução do custo operacional.

Desta busca, em 1999 surgiu a parceria entre o Minas Tênis Clube e o Consórcio Usina Virtual, hoje denominado ESCO Energy Saving Company, cujo foco é a pesquisa de oportunidades para implantar melhorias tecnológicas que gerem economia de água e energia nas instalações. A proposta ESCO é de aportar integral tecnologia e capital para pesquisar e implantar melhorias, sem custo para o cliente. Ao cliente cabe apenas a concordância de compartilhar parcela da economia gerada, por um período determinado. 

Decorridos 5 anos de compartilhamento, a ESCO Energy Saving Company entrega ao Minas Tênis Clube, Unidade 1, para incorporar aos seus ativos, os equipamentos e benfeitorias implantadas no complexo esportivo de lazer e competição, cujas melhorias são parte integrante do programa de uso racional e eficiente da água e energia.

A ESCO aportou integral tecnologia e capital, em modelo de contrato de performance, sem desembolso por parte do Clube, para buscar soluções de eficientização das suas instalações, num projeto pioneiro no setor.

A todo foram implementados 21 projetos de melhorias, destacando-se os novos sistemas de iluminação da área de esportes e social; automação para utilização de água nos banheiros do clube: implantação de um novo sistema de captação de águas profundas e recuperação do poço existente, tornando o Minas Il praticamente auto-suficiente deste importante insumo para o clube; estudos de readequação tarifária de energia e revisão dos contratos de fornecimento; implantação do sistema automático de gerenciamento e controle das cargas elétricas, que impede a ultrapassagem da demanda contratada e o pagamento de multas; realização de palestras de sensibilização dos colaboradores e funcionários e criação de mecanismos de comunicação através da distribuição e aplicação adesivos e cartazes de estímulo à mudança de hábitos objetivando aumentar o grau de comprometimento de todos com o sucesso dos programas de redução de custos propostos e o mais visível de todos os projetos, a implantação de um sistema de aquecimento solar para o parque aquático, abrangendo as 4 piscinas semi-olímpicas e 1 infantil, através da instalação de um conjunto de coletores solares de polipropileno, situado na cobertura das quadras de tênis, totalizando, 930 m². Este conjunto de painéis, de tecnologia Israelense, é atualmente o maior coletor solar da América do Sul.

Destaca-se a modernidade da solução adotada pela ESCO já que este mesmo sistema de aquecimento foi posteriormente adotado no parque aquático das olimpíadas de Sidney e Athenas (e anteriormente em Atlanta).

A direção do Minas tem a consciência de que apenas 3% da água do planeta é doce (97% é salina) e que somente um centésimo destes 3% é água superficial (77% é congelada nas calotas polares e 22% é subterrânea). E na época do contrato, também antevia as dificuldades no suprimento de energia. E assim justifica-se a iniciativa da direção do Minas em dar o exemplo, mais uma vez antecipando-se aos desafios do futuro.

As medidas implementadas foram 100% custeadas pela ESCO que recebeu um percentual da economia gerada por estas Implementações no decorrer dos 5 anos de contrato. Agora o Minas II, além de incorporar ao seu ativo todos os equipamentos e obras custeadas e instaladas pela ESCO, passa a usufruir de 100% da economia proporcionada por eles.

Para que se tenha uma ideia da economia de água e energia proporcionadas pelo programa, seria capaz de abastecer a iluminação pública de uma cidade como Ouro Preto, por exemplo, durante 14 meses.

Esta iniciativa pioneira, permitiu ao clube rever alguns conceitos de manutenção e de realização de novas obras e projetos, alterando rotinas e passando a contratar e executar todos os novos serviços pensando no futuro. Muitos destes conceitos foram adotados na contratação das obras de ampliação da Unidade.

Além disso, a contribuição ao meio ambiente, com a utilização de uma energia “limpa” (solar) e diminuição do consumo de energia elétrica, evita novos investimentos em obras de geração que normalmente provocam grandes impactos ao meio ambiente. Conciliar o homem ao ambiente é a função mais nobre da aplicação dos avanços tecnológicos e a mais eficaz maneira de assegurar a qualidade de vida no futuro. Este é o compromisso do Minas Tênis Clube e da ESCO e seus parceiros tecnológicos.

OPINIÃO DO CLIENTE

O Minas Tênis Clube é parte importante na formação de gerações de atletas e esportistas. É também importante para os adeptos do lazer, para aqueles que gostam de um sol à beira da piscina e para os que vêm ao clube para encontrar os amigos.

Como Presidente do Minas sempre busquei melhorar seu desempenho e dentre os componentes do custo, água e energia respondem por uma parcela significativa. Visando minimizar estes custos, em 1999 estabelecemos uma parceria com a ESCO, à
época denominada Consórcio UsinaVirtual.
O resultado da parceria está nos 21 projetos de modernização implantados, onde destaco o sistema de aquecimento solar das piscinas, a iluminação das quadras cobertas de tênis e a automação dos mictórios. A ESCO investiu no Minas, gerou economia de água e energia, compartilhou das mesmas e agora, este mês de agosto 2005, repassa todas as benfeitorias para os ativos do clube, que a partir de então se beneficiam integralmente das economias resultantes.

Agradecemos e parabenizamos a ESCO pelas soluções implantadas.

Sérgio Bruno Zech Coelho

Adalberto Carvalho de Rezende

Adalberto Carvalho de Rezende

Engenheiro. Sócio Diretor da ESCO Energy Saving Company e da ACR Soluções Racionais. Especialista em provimento de soluções para economia de insumos tais como energia, água, vapor, refrigeração, resíduos. Disponibiliza soluções em modelo de contrato de performance. Pesquisador na área de energia alternativa, em especial hidrogênio (célula combustível). Desenvolve programas de redução de perdas técnicas e comerciais, combate à fraude e redução da inadimplência aplicável às concessionárias distribuidoras de energia elétrica e também concessionárias de água/esgoto. Professor da Universidade Federal de Minas Gerais-UFMG, na Escola de Engenharia e Escola de Arquitetura e Urbanismo.